sábado, 29 de setembro de 2007

José Eduardo Simões quer um estádio novo*


Um novo estádio com capacidade para cerca de 12 a 13 mil espectadores. Foi este o desafio lançado por José Eduardo Simões, anteontem à noite, durante a Grande Gala da Académica, no Casino do Estoril. O presidente da Briosa começou por recordar os elevados custos de manutenção que envolvem o Estádio Cidade de Coimbra para assim justificar essa obra, cujo apoio pediu a todos os académicos.

Ao Diário de Coimbra, José Eduardo Simões explicaria que uma coisa é a manutenção regular da estrutura, outra bem diferente são as obras que serão necessárias a médio/curto prazo e para as quais a Académica não terá dinheiro. «Falo por exemplo de mudar todas as cadeiras, reparar a cobertura ou arranjar o tartan», acrescentou o líder academista, reconhecendo que são obras cuja necessidade inevitavelmente aparecerá nos próximos anos. No novo estádio, explica, esses custos seriam substancialmentre inferiores («um quarto ou um quinto dos que implica um estádio com a dimensão do actual», disse), logo suportáveis pelo emblema conimbricense. Nesta fase, José Eduardo Simões prefere não adiantar mais pormenores sobre o projecto e sobre a sua eventual localização, mas garante que em breve voltará a abordar o assunto.

O presidente da Académica, no seu discurso, revelou ainda que a Academia Briosa XXI, cujas imagens exibiu às cinco centenas de academistas presentes, vai ser inaugurada até ao final do ano e aproveitou para convidar o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, para marcar presença nessa cerimónia. Adiantou ainda que aí será criada uma escola de guarda-redes que terá como principal responsável Pedro Roma.

Mas a noite foi, essencialmente, de homenagem à Académica e aos académicos. «Isto é uma obra que não existe em lado nenhum do mundo», dizia José Eduardo Simões, referindo-se aos 160 atletas da Briosa que terminaram cursos superiores e aos dois já doutorados (José Belo deverá ser, em breve, o terceiro).
A gala, que anualmente é organizada pela Casa da Académica em Lisboa, foi este ano co-organizada pela Direcção-Geral da AAC e pelo Organismo Autónomo de Futebol, enquadrando-se nas comemorações dos 120 anos da AAC. Como resumiu Joel Vasconcelos, presidente da Assembleia Magna da AAC e líder da comissão que organizou as comemorações dos 120 anos «ser da Académica é algo de inexplicável».
«O quanto, como e de que forma é que cada um sente a Académica é individual e talvez seja do ADN que cada um de nós bebeu ou absorveu na nossa Coimbra. A irreverência, a genuidade, a procura da justiça, a disponilbidade para lutar sempre por um mundo livre e solidário. É assim a nossa Académica, foi assim e espero que seja para sempre, única e diferente», afirmou o dirigente estudantil no arranque de uma noite que terminaria já de madrugada após uma série de homenagens, todas elas muito sentidas pelos academistas presentes.

A gala foi conduzida por Andreia Madeira (directora de Comunicação da Briosa) e por Jorge Gabriel (que acumula a sua carreira de apresentador televisivo com a de técnico de futebol) e terminou com a apresentação do hino da Briosa, que como ontem anunciámos tem música de José da Ponte e letra de Tiago Torres da Silva.

*Diário de Coimbra

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