segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Mail recebido *

Com a cabeça fria, resolvi fazer uma retrospectiva do início de época. A derrota com o Sporting foi naturalíssima, e ninguém com o mínimo de senso poderia achar normal outro resultado. Não por ser impossível, mas porque normalmente os mais fortes ganham.
Por isso, acho de alguma forma precipitado, fazer juízos de valor quanto à qualidade da equipa e do seu treinador.
Jogámos com muitos jogadores adaptados, tanto posicionalmente, como a uma realidade competitiva diferente, sendo que muitos deles pela 1ª vez pisaram um palco de Liga profissonal, e logo num dos campos mais difíceis.
Não é de mais, relembrar a prestação negativa do árbitro que nos subtraiu uma grande penalidade, e que fez da dualidade de critérios a sua máxima. Pena que fosse sempre contra a Académica.

Ainda escrevia regularmente para o "Denúncias" e dizia na pré-época que esta equipa poderia fazer um grande campeonato. Chegar inclusive, a lugares europeus. AInda bem que todos leram o comunicado interno do Presidente do OAF. Se é verdade que o 8º lugar pode não dar acesso à UEFA, considero que podemos fazer mais.
Esta convicção mantém-se, na minha opinião, sem mácula.
Lutar contra uma derrota normal, só tem um remédio. Ganhar os próximos jogos. Se tal acontecer, a moral vem ao de cimo, o treinador passa a ser bestial, e a contestação passa tão rapidamente como um furacão a mil à hora.

Estamos a falar da equipa, e vê-se que faltam homens. Mas esses já estarão disponíveis para o próximo encontro. Os Uruguaios, os Costa-Marfinenses, e os lesionados, farão parte de um rol de atletas muito interessantes. Se é verdade que jogam há pouco tempo juntos, não deixa de ser credível que as possibilidades de surpreender os adversários, por desconhecimento dos mesmos, seja um facto.
A procissão ainda vai no adro, e se se deixar cair o andor ao 1º passo, ninguém o conseguirá levantar.
Vamos pois, acreditar que vamos fazer uma boa época, que temos suficientes jogadores em qualidade e quantidade, para nos alegrar, e dar um voto de confiança a todos quantos fazem parte do departamento de futebol do OAF.

Caso N'Doye

Não quero acreditar que o Senegalês tenha um carácter tão baixo, que tenha feito menos do que devia, no jogo de Alvalade. Chegou muito tarde, tem poucos treinos, e todos os acontecimentos últimos podem deixá-lo fragilizado moral e psicologicamente. Das duas uma. Ou se confia nele, ou mande-se embora. Agora este contínuo descarregar num jogador da nossa raiva, não é bom nem para nós nem para ele.
Há que decidir e rápido. Ou contamos com ele, e devemos-lhe solidariedade para os bons e maus momentos, como se faz para os outros, ou decide-se que ele é uma menos valia, e convidemo-lo a seguir a sua vida, para que haja paz em todos os sentidos.
A Académica está acima de tudo isso.
Vamos ganhar, vamos fazer um bom campeonato, e ir à Europa. É a minha convicção e o meu desejo.

* Mário José de Castro