domingo, 26 de agosto de 2007

Machado pede tempo e paciência

Manuel Machado, treinador da Académica, no final do empate em casa (1-1) frente à U. Leiria, começando por justificar o resultado com uma série de contrariedades que estiveram associadas às substituições que fez e alertando para o facto de a equipa estar ainda em construção:

«A primeira foi retirar o Gyano por necessidade de reequilibrar a defesa em consequência da expulsão do Litos; depois tive de retirar o Tiero devido a uma pancada e, finalmente, o Vítor Vinha por causa de um hematoma num olho que o deixou praticamente sem ver. Penso que ambas as equipas entraram de forma tímida e acabámos por ficar condicionados pela expulsão e mais ainda pelo golo sofrido. Mas, apesar destes imponderáveis, penso que a equipa acabou por sair enaltecida pela forma como trabalhou, lutou e acreditou até ao fim. São nove meses sem ganhar em casa? Como sabem, esta é uma equipa ainda em construção, com muitos jogadores sub-23 e outros ainda em recuperação de lesões prolongadas, como o Hélder Barbosa. Não há golos, porque as coisas não se compram já feitas. É preciso tempo, paciência e trabalho. Mas continuo a dizer que estamos à frente em relação ao ano passado por esta altura, quando perdemos aqui com a Naval, e a acreditar que vamos fazer um melhor Campeonato.»

No meio da Conferência de Imprensa, foi dado a conhecer ao público em geral e sócios em particular mais um escândalo:

Noitada em discoteca afastou NDoye do jogo com a U. Leiria.

Manuel Machado aproveitou a conferência de Imprensa a seguir ao jogo com a U. Leiria para abordar o afastamento de NDoye da lista de convocados, assim como de Ivanildo. Se, no caso deste último, o técnico justificou a ausência com questão de ordem técnica, já no caso do senegalês revelou que o afastou devido a uma questão do foro disciplinar:
«Pelo respeito que os sócios me merecem, sou obrigado a falar desta situação que me entristece. Estivemos a trabalhar durante a semana com base numa equipa que incluía o NDoye e, chegados a sexta-feira, tive uma conversa particular com o jogador para saber como ele estava, até porque havia uma série de antecedentes, como por exemplo o episódio com o irmão dele, no final da última época, e ele garantiu estar em condições de jogar. Obviamente que acreditei nele e achava que merecia jogar até por ter trabalhado bem durante a semana. Mas, no sábado de manhã, fomos alertados para o facto de o jogador ter estado numa discoteca, algo que ele desmentiu prontamente. Confirmamos a estória com base em quatro testemunhas e, com base nisso, ele não foi convocado. No princípio da semana, esta informação será passada à Direcção que decidirá o que fazer.»