quarta-feira, 30 de maio de 2007

PROCAC: Futuro de SA onde intervém a Briosa sobressalta accionistas *

Accionistas da PROCAC - Sociedade de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Construção desconfiam que a Académica/OAF queira extingui-la na sequência da eventual venda do património de que a SA é proprietária na rua de Alexandre Herculano (Coimbra).

Entre a incógnita e o receio, vários accionistas testemunharam a desconfiança ao “Campeão”, tendo prestado declarações sob anonimato.

O presidente do clube e administrador daquela sociedade anónima, José Eduardo Simões, escusou-se a esclarecer estas dúvidas, bem como a responder a outras perguntas postas pelo nosso Jornal.

O assunto é abordado pelo “Campeão” na edição impressa que estará amanhã (quinta-feira) nos escaparates.

Com o quinto mês de 2007 prestes a terminar, ainda não se reuniu este ano a Assembleia Geral da Sociedade de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Construção para aprovação das contas de 2006.

O capital social da SA foi aumentado recentemente (de 35.000 euros para 52.500), através de incorporação de reservas, e o Conselho de Administração, quando julgar conveniente, mediante parecer favorável do Conselho Fiscal, poderá elevá-lo até à importância de 250.000 euros.

É neste contexto, perante o cenário de a Briosa passar a deter 75 por cento do capital social, que vários accionistas manifestaram ao “Campeão” desconfiança de que a PROCAC seja extinta por decisão do clube após a eventual venda do edifício da rua de Alexandre Herculano.

A Académica/OAF, que tem vindo a reforçar a sua posição de accionista de referência da PROCAC, pediu à Câmara de Coimbra, em 2005, a aprovação de um projecto de arquitectura para construção de um edifício no largo de João Paulo II.

A informação remetida ao executivo municipal alude à requerente como se da sociedade anónima se tratasse, embora o pedido de deferimento do projecto tenha sido apresentado pelo clube.

Neste contexto, o advogado Aurélio Lopes (accionista da PROCAC) pôs a hipótese de a Administração da SA já ter vendido à Académica/OAF o património confinante com o largo de João Paulo II e a rua de Alexandre Herculano.

A Sociedade de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Construção foi constituída em meados da década de 70 [do século XX] para prestação de apoio ao CAC - Clube Académico de Coimbra, entidade que precedeu a criação do OAF (um organismo autónomo “sui generis” da Associação Académica).

Perguntas sem resposta

A 24 de Maio de 2007, através da Assessoria de Imprensa da Académica/OAF, o nosso Jornal dirigiu a Eduardo Simões (sem lograr resposta) as seguintes perguntas relacionadas com a PROCAC:
Quanto termina o mandato dos actuais órgãos sociais?
Quando se reuniu pela última vez a AG para aprovação de contas?
Qual a percentagem do capital da sociedade anónima detida actualmente pela Académica/OAF?
Em que consistiu a última alteração parcial do pacto social?
A Académica/OAF aspira a possuir, pelo menos, 75 por cento do capital da SA? E nessa condição, o presidente admite propor a extinção da PROCAC?
Se sim, porquê? Para incluir o património na anunciada Fundação?
Para quando está previsto o próximo aumento de capital?
A Administração admite proceder a um aumento de capital até 250.000 euros? Para que efeito?
Há ideia sobre a data de arranque das obras previstas para a rua de Alexandre Herculano?
Confirma que há um contrato-promessa de venda das instalações da rua de Alexandre Herculano?

* Por Rui Avelar