terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Ilações da entrevista da Manuel Machado na RUC

Foram quase duas horas de entrevista, que a RUC ontem transmitiu em directo. Muitas perguntas foram feitas, e algumas, como se esperaria, não respondidas. De uma forma geral, eis as minhas conclusões da dita conversa:

1- Manual Machado não se quer comprometer, para já, com a Académica.
2- É um treinador desta direcção. Ao ser convidado há oito jornadas atrás para renovar, sentiu-se que tinha o apoio incondicional de José Eduardo Simões.
3- Para Manuel Machado, são unicamente três pessoas que têm interferência directa e decisiva no futebol profissional. Ele próprio, o Presidente e o Director Desportivo. Deixa para "trás" o Chefe de Departamento de futebol ( nem por uma única vez, fez referência ao Dr. António Preto) e o secretário técnico, Rui Gonçalves. Quanto a mim, injustamente.
4- Não o dizendo de forma clara, MM precisa de saber quem irá dirigir a equipa, directivamente falando, para o próximo mandato. Se não for JES, dificilmente o teremos cá para o ano. O que cria um problema grave, caso, como tudo indica, as eleições serem em Dezembro (de que ano?)
5- Machado reafirmou, a pergunta minha, que tinha falado com um dos candidato a Presidente do Guimarães. Ao não achar grave e pouco ético, deixou uma marca de arrogância e de impunidade.
6- Machado não tem como horizontes, apostar na formação. Como ele próprio disse, o objectivo são os resultados.
7- Ao referir-se às equipas B, foi de algum modo taxativo. Não concorda com elas. O mesmo se passa com as equipas satélites, no caso o Tourizense. Quando diz que é o menos mau, infere-se da sua contrariedade.
8- O treinador da Académica deu uma imagem de "quero, posso e mando", o que condiz com algumas opiniões que o consideram de certa forma arrogante e pouco dado a ouvir outras opiniões.
9- De positivo, quis demonstrar que sabe em que Instituição trabalha, sendo certo que tem a consciência da sua grandeza.
10- Por último, a minha insatisfação, pelo facto de só eu ter ligado para a rádio, para de viva voz e identificadamente, lhe dizer o que me ia na alma. Caso para perguntar, como os brasileiros: "Cadê os outros"?