Eficácia e sacrifício *
Eficácia é a característica que melhor ilustra o desempenho da AAC durante a primeira parte do desafio agora terminado. MM plantou no terreno uma linha de quatro defesas com Paulo Sérgio à direita, Litos, Danilo e Kaká à esquerda, outra de quatro médios, Miguel Pedro, Brum, Alexandre e Lino e um avançado muito móvel, Dame, com Filipe Teixeira no apoio.A Briosa deu a iniciativa de jogo ao adversário e cedo se ia perceber que este privilegiava os lances aéreos, através de cruzamentos que a nossa defesa ia controlando com maior ou menor dificuldade. Era uma Académica expectante. Até que aos 14 minutos, dando sequência a excelente jogada de entendimento entre Filipe Teixeira e Lino, Dame abriu o activo, com remate forte, desferido no interior da área contrária.
Desgraçadamente, nos festejos, o árbritro (?) amarelou sem que se percebesse o motivo. Começava aqui a saga de um aldrabão. Aos 17 minutos, o mesmo Dame é ceifado na intermediária adversária e é retirado para fora das quatro linhas. Recuperado, e visando autorização para entrar em campo, o apitador fê-lo esperar um minuto até lhe conceder autorização. Incrível. Aos 19 minutos, a Dame é assinalada uma falta inexistente. O apitador mostrou-lhe o segundo amarelo e expulsou-o. Uma vergonha.
A jogar com dez MM não hesitou. Manteve o mesmo figurino do jogo e entregou a frente de ataque a Filipe Teixeira até que aos 25 minutos a Académica vai pela segunda vez à área do Leixões e faz o 0-2. O cruzamento de Lino pela esquerda, guarda-redes que não segura a bola, e M. Pedro, à vontade, a cabecear para a baliza deserta.
Eficácia, eficácia, eficácia.
Até ao final da primeira parte, a iniciativa do jogo continuou a pertencer ao Leixões, sempre com sinal mais, mas também sempre de forma atabalhoada, através de lances aéreos, muito por culpa do excelente trabalho dos nossos médios e defesas, com Roma incluído. De assinalar, até ao intervalo, o primeiro amarelo para Kaká, em lance faltoso, é certo, cometido na linha do meio campo, mas sem nenhuma consequência. Tristemente, só para ele, como se iria ver depois.
Para a segunda parte, MM alterou o posicionamento dos jogadores, colocando Miguel Pedro a lateral direito e fazendo avançar Paulo Sérgio, que até então estava a ter brilhante desempenho para a zona intermediária com a incumbência de compensar as subidas do nóvel lateral, mantendo Filipe Teixeira como a nossa única referência no ataque.
O jogo vai decorrendo com acentuado domínio por parte do Leixões que, agora, ia criando e desperdiçando algumas situações de golo. Aos 14 minutos, e antes da marcação de um livre contra a Briosa, MM faz descansar Brum e mete Gyano em campo. Na sequência da falta 1-2: cruzamento pelo ar e um adversário a subir mais alto (parecendo-me que se apoiou num jogador da Briosa) e a bater Roma de cabeça sem apelo nem agravo.
Com a saída de Brum, Gyano posiciona-se na frente de ataque regressando Filipe Teixeira ao miolo. Porém, esta alteração nada de positivo trouxe à Briosa, antes pelo contrário. Primeiro porque o húngaro se revelou completamente desfasado do jogo e depois porque Brum estava a fazer um bom jogo, recuperando muitas bolas e a servir quase sempre em condições.
A perder por 1-2, o Leixões carregou, carregou, carregou mas sempre através de cruzamentos, que o nosso sector recuado ia anulando, e através de uma outra arma que, felizmente, nunca funcionou: a simulação de faltas dentro da nossa área à espera de penálti.
Estávamos nisto, e a revelarmos, toda a equipa, uma grande capacidade de sacrifício, quando aos 85 minutos Kaká é expulso após falta, de novo, inofensiva. Um escândalo.
Com apenas nove atletas em campo, MM não está com rodeios. Retira de imediato o desinspirado Gyano, por troca com Nuno Piloto. A hora é de defender e sofrer. Porém, aos 90+2 minutos, Filipe Teixeira tem uma jogada sensacional, uma das muitas da tarde de hoje e isola Miguel Pedro que displicentemente, dentro da área adversária, tenta colocar a bola na baliza, com subtileza. Resultado: bola para fora e perdida escandalosa. Talvez por isso, MM o tenha trocado por Sarmento aos 90+3 minutos. Dois minutos depois, uff, o jogo terminava e a Briosa seguia em frente. Vitória da eficácia e da capacidade de sofrimento. Mas nem tudo foram rosas: a Académica traz duas enormes perdas para o importantíssimo jogo de domingo contra o Setúbal: Dame e Kaká.
ACADÉMICA,ACADÉMICA,ACADÉMICA,VAMOS AO GOLO MALTA!
* Post escrito pelo Dr. António Romão.
Desgraçadamente, nos festejos, o árbritro (?) amarelou sem que se percebesse o motivo. Começava aqui a saga de um aldrabão. Aos 17 minutos, o mesmo Dame é ceifado na intermediária adversária e é retirado para fora das quatro linhas. Recuperado, e visando autorização para entrar em campo, o apitador fê-lo esperar um minuto até lhe conceder autorização. Incrível. Aos 19 minutos, a Dame é assinalada uma falta inexistente. O apitador mostrou-lhe o segundo amarelo e expulsou-o. Uma vergonha.
A jogar com dez MM não hesitou. Manteve o mesmo figurino do jogo e entregou a frente de ataque a Filipe Teixeira até que aos 25 minutos a Académica vai pela segunda vez à área do Leixões e faz o 0-2. O cruzamento de Lino pela esquerda, guarda-redes que não segura a bola, e M. Pedro, à vontade, a cabecear para a baliza deserta.
Eficácia, eficácia, eficácia.
Até ao final da primeira parte, a iniciativa do jogo continuou a pertencer ao Leixões, sempre com sinal mais, mas também sempre de forma atabalhoada, através de lances aéreos, muito por culpa do excelente trabalho dos nossos médios e defesas, com Roma incluído. De assinalar, até ao intervalo, o primeiro amarelo para Kaká, em lance faltoso, é certo, cometido na linha do meio campo, mas sem nenhuma consequência. Tristemente, só para ele, como se iria ver depois.
Para a segunda parte, MM alterou o posicionamento dos jogadores, colocando Miguel Pedro a lateral direito e fazendo avançar Paulo Sérgio, que até então estava a ter brilhante desempenho para a zona intermediária com a incumbência de compensar as subidas do nóvel lateral, mantendo Filipe Teixeira como a nossa única referência no ataque.
O jogo vai decorrendo com acentuado domínio por parte do Leixões que, agora, ia criando e desperdiçando algumas situações de golo. Aos 14 minutos, e antes da marcação de um livre contra a Briosa, MM faz descansar Brum e mete Gyano em campo. Na sequência da falta 1-2: cruzamento pelo ar e um adversário a subir mais alto (parecendo-me que se apoiou num jogador da Briosa) e a bater Roma de cabeça sem apelo nem agravo.
Com a saída de Brum, Gyano posiciona-se na frente de ataque regressando Filipe Teixeira ao miolo. Porém, esta alteração nada de positivo trouxe à Briosa, antes pelo contrário. Primeiro porque o húngaro se revelou completamente desfasado do jogo e depois porque Brum estava a fazer um bom jogo, recuperando muitas bolas e a servir quase sempre em condições.
A perder por 1-2, o Leixões carregou, carregou, carregou mas sempre através de cruzamentos, que o nosso sector recuado ia anulando, e através de uma outra arma que, felizmente, nunca funcionou: a simulação de faltas dentro da nossa área à espera de penálti.
Estávamos nisto, e a revelarmos, toda a equipa, uma grande capacidade de sacrifício, quando aos 85 minutos Kaká é expulso após falta, de novo, inofensiva. Um escândalo.
Com apenas nove atletas em campo, MM não está com rodeios. Retira de imediato o desinspirado Gyano, por troca com Nuno Piloto. A hora é de defender e sofrer. Porém, aos 90+2 minutos, Filipe Teixeira tem uma jogada sensacional, uma das muitas da tarde de hoje e isola Miguel Pedro que displicentemente, dentro da área adversária, tenta colocar a bola na baliza, com subtileza. Resultado: bola para fora e perdida escandalosa. Talvez por isso, MM o tenha trocado por Sarmento aos 90+3 minutos. Dois minutos depois, uff, o jogo terminava e a Briosa seguia em frente. Vitória da eficácia e da capacidade de sofrimento. Mas nem tudo foram rosas: a Académica traz duas enormes perdas para o importantíssimo jogo de domingo contra o Setúbal: Dame e Kaká.
ACADÉMICA,ACADÉMICA,ACADÉMICA,VAMOS AO GOLO MALTA!
* Post escrito pelo Dr. António Romão.
