Depois de ler um comentário do jornalista e meu amigo João Mesquita que reza assim,
"Vamos dar o nome às coisas. Um membro da "Mancha Negra" — seu vice-presidente, ao que me informaram — deu uma violenta cabeçada a um adepto incondicional da Briosa e dirigente da Casa da Académica em Lisboa, que se limitara a chamar a atenção do antigo líder da claque e actual vice-presidente da AAC-OAF, João Paulo Fernandes, para o incómodo que uma enorme bandeira, agitada por um outro elemento da "Mancha", estava a causar aos académicos que pretendiam assitir ao jogo. Tratou-se de um gesto deplorável, sob todos os pontos de vista, que nos deve levar a uma profunda reflexão acerca do que andamos a fazer e que eu espero que não fique sem a devida condenação por parte da "Mancha Negra" e da direcção da Académica. Sob pena de termos de concluir que as coisas, em matéria de cultura e de comportamento compagináveis com a grandeza da instituição, ainda estão pior do que aquilo que já sabíamos estar. "
Saudações académicas
João Mesquita
liguei-lhe imediatamente. Quis saber o que se tinha passado e o João explicou-me. Então o que foi? Parece que alguém chamou a atenção a um adepto da MN pelo facto de a bandeira que este balançava, estaria a impedir os espectadores que estavam atrás, de ver o jogo.
Como ninguém fazia nada, o Eng. Fernandes, falou com o vice presidente João Paulo Fernandes, e este disse que não tinha nada a ver com o caso. Continuando a sentirem-se incomodados foi a vez de um dirigente da casa da Académica em Lisboa, se dirigir ao vice presidente da direcção da AAC/OAF, João Paulo Fernandes, que estava no local, mais uma vez manifestando-lhe o seu incómodo por não poder ver o jogo. É aí que um individuo, conotado com a MN lhe manda uma cabeçada, deixando o adepto combalido e com um alto enorme na cabeça. O agressor foi identificado pela polícia, tendo saído no intervalo acompanhado das forças policiais.
No fim do jogo o agredido fez queixa na esquadra mais próxima.
Disse-me também o João Mesquita que teve uma conversa com o presidente do conselho fiscal, que se teria manifestado muito incomodado, prometendo falar com o Sr. Simões, de forma a falarem do assunto numa reunião próxima.
É evidente que comportamentos destes são lamentáveis. Cada vez mais parece que este é um clube igual a tantos. Há que erradicar de vez elementos que se "chegam" às claques, que nem são da Académica, e que deixam mal vistas as nossas cores.
No entanto não deixo de lamentar que estando um vice presidente da direcção, no caso o Dr. João Paulo Fernandes, e depois de ser avisado que elementos da MN estavam a ser incomodativos (já não é a 1ª vez que tal acontece com a tal bandeira...) este não tenha tomado uma atitude pedagógica no sentido de acabar com o que se passava. Ser da Académica é ser diferente, e jamais pactuar com actos de violência. Não fazê-los, nem ser cúmplices deles. Principalmente quando se tem responsabilidades acrescidas.
Como não estive presente, nada mais posso adiantar nem sequer fazer juízos de valor. No mais, foi desta forma que João Mesquita me contou o que se passou, não tendo eu qualquer tipo de razões para duvidar, quer pela sua honestidade, quer pelos antecedentes que lamentavelmente se tem vindo a presenciar.