segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

As eleições da Académica

Não se sabe quando são. Na última AG, o Dr. Luís Santarino levantou a questão, mas como já estamos habituados, nada transpareceu.
Todavia, vários cenários se nos apresentam, quer seja em 2007 ou 2008. Qualquer deles é possível, apesar de juridicamente o Dr. António Romão já ter apresentado aqui mesmo o seu parecer. E para o jurista, as eleições devem ser em Abril de 2007.
No entanto outras questões devem ser levantadas e não são tão poucas como grande parte dos sócios e adeptos menos avisados podem pensar.
Vamos supôr que o Sr. Simões por qualquer razão ligada ao processo que pende sobre ele, fica condicionado à condição de Presidente da Académica?
- Avança um vice- presidente?
- Constituir-se-à uma Comissão Admnistrativa?
- Haverá eleições antecipadas?

Parece-me que pela disposição já demonstrada pelo Sr. Simões, não haverá lugar a subida de vice-presidentes, nem comissões admnistrativas. Se não estivesse tão agarrado ao poder (vá lá saber-se porquê...) já tinha pedido a suspenção do mandato e dado a vez a outro elemento da sua Direcção.
Se eleições antecipadas podem ser uma hipótese, não creio que será a melhor solução. Pouco tempo haverá para prepará-las e ficaria sempre quem lá está, com hipótese de manobrar as ditas.

Outro cenário, será o de esperar por 2007 /Abril. A ser assim pergunta-se duas coisas. O Sr. Simões é candidato? E a ser candidato apresentar-se-à outro candidato que lhe faça frente ganhando as eleições?
Quer-me parecer que não. Não aparecerá outro candidato. Por variadíssimas razões. A 1ª das quais, é a embrulhada com que estão as nossas contas e o nosso passivo. Ninguém, mas ninguém vai acreditar nem confiar na palavra dada pelo Sr. Simões, numa AG, que afirmou - e está em acta- que disse que quando saísse a Académica não tinha nem mais um € de passivo do que encontrou.
Além de se dificultar a chegada de novos candidatos as contas condicionarão sempre quem de boa fé se possa candidatar. É que no regime especial de gestão que a Académica escolheu para se "governar" o Presidente, Director Financeiro e Presidente do CF responderão a qualquer acusação no que diz respeito a matérias contabilísticas menos claras.

Esperar por 2008 poderá ser bom e mau. Bom, porque os adeptos perceberão quem tem estado à frente da Académica com os resultados que demonstra. Apesar de ser um orçamento principesco, continuamos a não sair da cêpa torta, confundindo-nos com o que de mais fraco há na Liga. Maus jogadores, fruto de negligentes observações, e maus (para a Académica) ordenados por serem enormes, face à qualidade/preço.
O preço a pagar por esta política pode ser de risco de continuidade, como diz o ROC no seu relatório de 2005/2006. Aí, a pregunta que se faz, é quem terá a coragem de pegar numa Académica falida, e sem solução a curto prazo?
E esta é a parte má das eleições esperarem tanto tempo. Tempo é dinheiro, e este hiato temporal poderá ser irreversível.

A outra face do problema, é a(s) cara(s) que irão enfrentar esta situação. É que é uma obra digna de Hércules, e não sei se haverá tantos por aí, dispostos a a sacrificar a sua vida em prol de um projecto à priori ferido de morte.
Fala-se em nomes já conhecidos de todos, como o Dr. Maló de Abreu. Afinal perdeu somente por 200 votos e ainda o Sr. Simões estava em estado de graça...
Mas será que a realidade actual é a mesma da altura? Será que já todos perceberam que o que está em causa não é o nome do candidato a candidato, mas sim o nome do Sr. Simões que tudo torna mais escuro, na nossa Académica?
Seja Maló, seja Belo, seja Coroa, qualquer um deles tem capacidades e Academismo mais do que suficiente para darem 10-0 ao Sr. Simões. Pelo seu passado, pelo seu presnte, e essencialmente pelo seu futuro, estes candidatos a candidatos serão seguramente uma mais valia de sabor verdadeiramente Académico, para a nossa Instituição.
Mas outros nomes haverão concerteza. Dr. Alfredo Castanheira Neves, Dr. Manuel António, Dr. Mário Campos, todos eles já deram provas de um amor incalculável à Académica, incomparavelmente superior ao Sr.Simões que ninguém conhecia, nem tinha sido visto em estádio nehum, ou pavilhão onde a Académica jogasse.
Assim, é tempo de pensar seriamente numa opção, quer seja agora ou em 2008, se possivel sem ter como adversário o Sr.Simões. Teriamos que escolher entre os melhores, deixando para trás a velha história do voto útil, que manifestamente fez ganhar o Sr. Simões. É que para além de já não estar em estado de graça, os seus defensores, mesmo estrategicamente vão cometendo erros de palmatória como foi o caso da infeliz entrevista que Almeida Santos deu publicamente no jornal "A BOLA".
Apelo assim à mobilização geral de todos os Académicos, não para derrubar ninguém, pois parece-me não haver necessidade, já que como a fruta podre, o que tem que cair cai mesmo, mas para pressionar os verdadeiros Académicos a acreditarem em alguém que nos possa dar a felicidade de estarmos bem representados e sem outros "pensamentos" na Académica que tanto amamos.
Para bem da Briosa!!!